Sanca iluminada – guia completo de iluminação de sancas

Neste artigo vou te explicar tudo o que precisa ser considerado para uma sanca iluminada: quais são os tipos de sanca, os principais produtos para iluminação indireta, quais suas vantagens e desvantagens, bem como dar algumas dicas de relativas à especificação e instalação.

Introdução

Você já sabe que a iluminação interfere diretamente no ambiente. Tem o poder de afetar o humor das pessoas e até mesmo causar sensações de mais relaxamento, estimular o foco ou causar inquietude.

A luz é uma grande aliada nos projetos de arquitetura e design de interiores, pois irá unificar todos os elementos e entregar ao usuário uma excelente experiência…. ou não!

É preciso estar muito atento na hora de especificar a iluminação, pois da mesma forma que ela pode elevar seu projeto, ela também poderá desvalorizar todo o trabalho realizado, se aplicada da forma errada.

E um bom projeto não depende somente da parte estética. É preciso estar atento às questões técnicas, relativas à instalação, a funcionalidade, a eficiência energética dos produtos e ainda adequar tudo isso à verba do cliente.

O que são sancas

A palavra sanca denomina, originalmente, uma moldura colocada na junção entre a parede e o teto. Ela pode comportar ou não iluminação. Trata-se basicamente de um rebaixo no forro e existe em 3 modelos diferentes.

De uma forma geral as sancas são feitas em gesso ou madeira. Mas, a rigor, elas podem ser feitas de qualquer material que forneça as características que as definem.

Tipos de sanca iluminada

Sanca fechada

As sancas fechadas são modelos onde não há nenhuma abertura, não sendo possível a instalação de iluminação indireta. O forro é rebaixado somente entre a parede e o teto, viabilizando a instalação de spots para iluminação direta no perímetro do ambiente.

sanca fechada
Exemplo de sanca fechada

Sanca iluminada aberta

As sancas abertas são modelos em que existe uma abertura voltada para o centro do teto com um espaço entre o forro de a laje, permitindo o uso da iluminação indireta.

Nesse caso, o efeito indireto de luz é central no qual a própria laje funciona como um refletor, gerando um grande plano iluminado.

Essa sanca também permite a instalação de spots na parte inferior no perímetro do ambiente, assim como na sanca fechada. Portanto, são tipos bastante interessantes pois permitem iluminação direta e indireta simultaneamente.

detalhe sanca iluminada aberta

sanca iluminada aberta
Exemplo de sanca iluminada aberta

Sanca iluminada invertida

As sancas invertidas são modelos em que existe um rebaixamento no forro no centro do teto fazendo com que a abertura da sanca fique voltada para as paredes possibilitando o contorno de todo o ambiente com luminosidade.

É como funcionam também os cortineiros iluminados. Só que neste caso, no vão da sanca são instalados o trilho e a cortina. Os cortineiros também têm a possibilidade de receber iluminação formando efeito de luz nas cortinas.

Este modelo é quase que um rebaixo completo de forro, mas com uma abertura de pelo menos 15cm distante das paredes. No caso de cortineiros iluminados, recomenda-se 20cm.

No centro do forro é possível distribuir outros pontos de luz conforme o que for mais adequado de acordo com o layout e as atividades do ambiente.

detalhe sanca iluminada invertida

sanca iluminada invertida
Exemplo de sanca iluminada invertida

Iluminação para sancas

A iluminação em sancas pode ocorrer de forma direta, quando são instalados spots ou outras luminárias embutidas na sanca, ou ainda de forma indireta, que ocorre quando a luz é projetada para o teto ou para a parede e refletida para o ambiente.

A iluminação indireta pode ser feita com lâmpada ou com fita LED.

Sanca iluminada com lâmpada

A utilização de lâmpadas para a iluminação indireta de sancas era a única opção viável antes do lançamento das fitas LED. Até então essa iluminação era feita com lâmpadas fluorescentes tubulares, que depois foram substituídas pelas lâmpadas tubulares de LED.

Esse tipo de instalação de lâmpadas requer alguns cuidados, sejam elas fluorescentes ou de LED.

Vantagens:

  • Lâmpadas são bastante fáceis de encontrar, o que facilita a instalação e a manutenção;
  • A instalação e a manutenção não exigem mão de obra especializada;
  • Manutenção é mais simples, basta trocar a lâmpada queimada;
  • As lâmpadas operam em tensão de rede e geralmente são bivolt;
  • Geralmente o custo inicial da instalação é mais barato do que o da fita LED.

Desvantagens:

  • As lâmpadas têm uma limitação de cores disponíveis. Existem geralmente em 3 temperaturas de cor: 3000K, 4000K e 6500K;
  • Os tamanhos das lâmpadas estão limitados a 60cm ou 120cm;
  • As potências e fluxos luminosos das lâmpadas são padronizados, geralmente as de 60cm tem 9W e em torno de 900lm enquanto as de 120cm tem 18W e em torno de 1800lm;
  • Não permite o direcionamento da luz, ela emite luz em 360°, perdendo um pouco de luz na sanca;
  • Menos eficientes do que a fita LED para instalação em sancas

Instalação

Embora a instalação de lâmpadas tubulares seja muito simples, em sancas necessita de cuidados adicionais.

Tendo em vista que na ponta das lâmpadas não há saída de luz, ao instalar uma lâmpada em seguida da outra levará a geração de sombras no teto, formando um efeito desagradável de luz e sombra ao invés da iluminação linear que geralmente se espera de uma sanca iluminada.

Para evitar este problema, as lâmpadas devem ser sobrepostas uma às outras cerca de 10cm e para que a iluminação seja garantida. Veja na imagem abaixo:

lâmpadas sanca

Outra questão relevante para esta instalação é que cada lâmpada necessita de um ponto de elétrica para alimentação.

Sanca iluminada com fita led

O uso de fita LED em sancas tem sido cada vez mais difundido pela grande gama de modelos existentes e flexibilidade do material.

A fita LED tem um adesivo na parte de trás para facilitar sua fixação, no entanto dois pontos devem ser observados:

  1. Com o tempo e o aquecimento constante pela passagem de energia o adesivo tende a se soltar e a fita poderá ficar torta na sanca;
  2. O adesivo requer que a sanca seja limpa antes da fixação da fita, pois não pode haver poeira na superfície, caso contrário ele se soltará com ainda mais facilidade.

Tendo isso em mente, o ideal é aliar perfis de alumínio na instalação de fitas LED em sanca iluminada. O perfil é um material mais robusto que garantirá que a instalação perdure bonita por muito mais tempo.

Vantagens:

  • A fita é um material com maior número de opções de modelos, potências e fluxos luminosos;
  • É possível criar sancas coloridas ou com controle dinâmico de luz;
  • O uso da fita permite o direcionamento da luz, principalmente se for utilizada com perfil de alumínio;
  • Se usada sem o perfil a fita LED é mais eficiente do que as lâmpadas;
  • É possível vencer grandes distâncias sem a necessidade de emendas;
  • Viabiliza a instalação em trechos curvos ou redondos;
  • São facilmente dimerizáveis com o uso de um driver dimerizável.

Desvantagens:

  • A fita é um material que exige mão de obra mais qualificada, especialmente se forem necessárias emendas entre trechos;
  • A manutenção é mais complexa;
  • Os modelos de baixa tensão requerem um driver. O driver precisa ser alojado próximo à fita em local de fácil acesso para manutenção;
  • O custo inicial de instalação é mais caro do que com a lâmpada LED, especialmente se for utilizada com perfil de alumínio.

Instalação

Se a fita LED escolhida for de baixa tensão será necessário considerar um alojamento para o driver (ou drivers) de fácil acesso para manutenção. Esse alojamento pode ser no próprio entreforro, lembre-se de garantir que haja acesso.

Caso a decisão seja não utilizar o perfil para fixação, a sanca deve ser bem limpa antes da instalação da fita. O instalador precisa se certificar de que a fita está bem presa.

Conclusão

A sanca iluminada é uma ótima alternativa para prover iluminação indireta para o ambiente, mas elas também possibilitam a instalação de spots ou downlights para complementar com iluminação direta.

Ao projetar uma sanca iluminada ou cortineiro, não se esqueça inserir o detalhe no projeto executivo, para garantir que as dimensões do elemento executado serão as adequadas para seu projeto.

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