Desperdício de energia elétrica, temperatura de cor errada e falta de entendimento do uso dos ambientes estão entre os principais erros de projeto.
Um bom projeto luminotécnico precisa atender não apenas às questões estéticas, que estão alinhadas à valorização dos ambientes e das peças que serão iluminadas, mas também considerar as características técnicas e econômicas dos diferentes tipos de materiais disponíveis no mercado.
1) Falta de entendimento do uso do ambiente
Um dos principais erros de um projeto luminotécnico é não levar em conta as diferentes ocupações e atividades que podem ocorrer no ambiente. Portanto, o primeiro passo deve ser a análise do local, o espaço, seus usos e áreas ou superfícies de destaque. Desta forma, toda área corretamente iluminada permitirá seu aproveitamento de forma rica e intensa, já que a iluminação flexibiliza o ambiente.
2) Escolha inadequada de temperatura de cor
É preciso escolher a temperatura de cor adequada de acordo com a atividade exercida no ambiente e o efeito que se deseja criar. As temperaturas de cor quentes na iluminação (até 3300 K) dão uma impressão mais intimista e relaxante ao ambiente, enquanto as temperatura de cor frias (acima de 5300K) são mais utilizadas em ambientes onde é necessário um maior nível de concentração.
Em ambientes que possuem uma tonalidade mais fria, como acinzentada ou azulada, as temperaturas de cor neutras e frias combinam muito bem e podem transmitir uma sensação de modernidade e tecnologia.
Além disso, é importantíssimo também ficar atento ao IRC (Índice de Reprodução de Cores) da fonte de luz. O IRC classifica o quão fielmente aquela fonte de luz reproduz as cores dos objetos iluminados. O máximo IRC é 100 e quanto maior, melhor. Uma lâmpada com baixo IRC irá distorcer as cores do objeto iluminado. O IRC mínimo ideal para aplicações internas é de 80.
3) Desperdício de energia elétrica
É importante a observar a proporcionalidade entre a aplicação desejada e o tipo de equipamento escolhido. Numa aplicação de iluminação integrada em marcenaria, por exemplo, para iluminação de uma prateleira ou nicho, ao utilizar uma fita LED de potência muito alta, haverá não apenas desperdício de energia elétrica, como também o efeito de realce desejado não será alcançado, por conta do excesso de luz. Para este tipo de aplicação, uma fita LED de cerca de 5 W/m é geralmente suficiente, enquanto os spots de 3W a 5W.
4) Instalação incorreta
Outro erro na realização de um projeto é a instalação incorreta de iluminação. A boa execução de instalação é primordial para garantir que o resultado será correspondente ao idealizado.
Entre as falhas mais comuns está a instalação incorreta em sancas (acabamento composto por desenhos e detalhes que fica entre o ponto mais alto da parede e o teto, feita de materiais como gesso e isopor). Ao utilizar lâmpadas tubulares, fluorescentes ou LEDs, é necessário fazer sobreposição entre lâmpadas. Caso contrário, a iluminação não ficará homogênea e haverá sombra entre as lâmpadas.
5) Utilização de lâmpadas halógenas em qualquer ambiente
Todo mundo já deve ter ficado em uma sala de espera ou outro ambiente de permanência prolongada e, de repente, sentir que algo o incomoda. Muitas vezes o motivo é a presença de lâmpadas halógenas.
Lâmpadas halógenas, como as dicroicas, produzem muito calor, gerando desconforto em ambientes de permanência prolongada.
6) Falta de exploração de pontos e tipos de iluminação
A herança clássica de uma iluminação única em um ambiente é um conceito ultrapassado na arquitetura e decoração modernas. A não ser que o projeto seja específico para retomar esse estilo (como um lustre no meio da sala), isso é outro erro no projeto luminotécnico. A dica é investir em vários pontos e tipos de iluminação nos ambientes, de forma a criar cenas e adaptar a iluminação ao dia-a-dia do usuário.
7) Falta de especialista
Consultar um especialista é essencial em qualquer projeto da área. Só ele poderá auxiliar com as principais dificuldades e sugerir os melhores produtos de acordo com a necessidade do usuário e sua verba.
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